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sábado, 13 de agosto de 2011

Informando aos Juremeiros pela Mãe Joana Juremeira


Devido aos acontecimentos do 5º Encontro Pernambucano de Mulheres de Terreiros em Recife, sinto-me na obrigação de fazer alguns esclarecimentos...
O encontro foi muito bem organizado, contou com a presença de pessoas ilustres dentro do Candomble de varias nações, a exemplo da Makota Valdina/ Ba, Mae Nice de Oyá da Casa Branca, Yá Vera Baroni, a quem a todas peço abençao, entre outras personalidades do mundo político na esfera federal , estadual e municipal.
Porem o que me faz escrever essa nota é que devido a fala da senhora Aurenice, convidada a mesa como sendo grande juremeira, ela demonstrou uma falta de conhecimento no assunto, e se perdeu totalmente quando falou que na Jurema não usa ilú, elú, na jurema o nome do instrumento de percussão é tambor, tanto que a pessoa q o toca é chamado de tambozeiro, então claro q usamos sim, não se concebe uma festa ou jurema batida sem o som mágico do tambor; que não usamos tosso e que a fumaça deve girar em nossa cabeça...isso vai de encontro a todos os ensinamentos de todos os tempos de jurema, pois sempre somos orientados a cobrir a cabeça por conta da fumaça na cabeça, ...menina cubra a cabeça. Etc, etc
E porque nos juremeiras da Paraiba não nos pronunciamos contra essa fala, porque na jurema nós aprendemos que devemos respeitar os mais velhos, e que em terra alheia se pisa no chão devagar...Então na fala da senhora Aurenice quando nos preparávamos para rebater, a makota Valdina se levanta e aplaude, então as pessoas acompanharam, eu particularmente entendi o recado assim: Não vamos provocar tumulto, nem polemica ...
Eu assim com tantas outras pessoas inclusive do Quilombo Cultural Malunguinho estávamos prontos para um debate, mas nos contivemos em respeito.
Assim sendo sugiro que seja feito fóruns, seminários, conferencias, encontros com juremeiros, mas juremeiros de raiz comprovada, e se convide a senhora Aurenice para participar e quem sabe ela aprenda algo conosco, pois segundo pesquisa feita por Sandro de Jucá e outras pessoas do Quilombo Cultural Malunguinho na casa onde a senhora Aurenice diz ser consagrada, eis a parte da matéria:
“SANDRO -Hoje estivemos no ilê de Airá igbonâ rua itajaí n465 bairro da imbiribeira,casa de nosso saudoso Juremeiro e babalourixá Antonio do Monte em uma entrevista com seus filhos saguíneos Antonio do Monte Junior(ojé) comfirmado em itaparica,Carlos Daniel Bomgartiner sacerdote (Oxalá) e sra Tâmara Donís do Monte yálourixá(oxum) e a sra Carmelita Maria da Silva yákekerê da casa há 52 anos,Na dinâmica da entrevista podemos constatar que ás palavras proferidas no Encontro das Mulheres de terreiro pela sra Aurenice NÃO SÃO VERDADEIRAS, quando diz que foi feita na Jurema por seu Antonio do Monte, Inclusive está desautorizada pelos seus filhos em usar o nome desse baluarte da jurema em eventos publicos,Trazemos á tona essa questão para que não paire dúvidas sobre á competência comprovada desse que hoje é um esá Baba obá arinâmodê, e nunca em tempo algum ensinou a seus discípulos nada de que a citada senhora falou publicamente "

Vamos usar nosso conhecimento, ciência e sabedoria para mostrar ao mundo que a jurema é uma religião de raiz, tradição e ciência. Que em cada cidade se faça fórum de jurema, e depois que seja feito um encontro nacional de jurema onde mostraremos nosso potencial e conhecimento, precisamos evitar que fatos dessa natureza aconteça novamente.

Um comentário:

  1. Fico grata pela divulgação, mas precisamos mostrar a verdade sobre a nossa ciencia a Jurema Sagrada, falar, comentar e ensinar a verdeira ciencia, passamos muito tempo sob repressão, acordamos e com força total.
    Sarava a Jurema Sagrada, sarava MALUNGUINHO, unico e verdadeiro GUARDIÃO DA JUREMA.

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